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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As variadíssimas formas do Não

Quando sempre pensámos na dualidade do certo e errado, do bom e do mau, do sim e do não é difícil mudarmos de perspectiva mesmo quando todos os sinais nos indicam que quase tudo é múltiplo.
Para além de todas as perspectivas, sensibilidades, educação, enfim tudo de que somos feitos, agora como se não bastasse ainda temos toda uma gama de tecnologia que nos permite rejeitar a disponibilidade e da nossa disponibilidade ser rejeitada.
Podemos estar disponíveis em toda a parte e não conseguimos lidar com o facto de não termos o controlo sobre nada. Como é que as coisas aconteciam antes, sem telemóvel, email, blogs, sites ...?
Essa disponibilidade cansa quem está deste e do outro lado. E não significa nada. Conversas triviais, repetitivas e desinteressantes, porque no fundo que vontade existe de estar com alguém que não se vê ao vivo?
O real é o não gritante em luzes néon que nós teimamos em não ver...o fim ou o início de neo-relações em que estamos escondidos ou jogamos virtualmente. Onde acaba a verdade?

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